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sábado, 26 de janeiro de 2013

Fixação em Algo, Alguém ou Alguma Coisa


A fixação humana em algo, alguém ou alguma coisa é o que a psicanálise nomeou NEUROSE.
Se eu não me fixa-se, não seria neurótica... Não iria a um analista... Não precisaria me tratar...  Pois a falta de algo, alguém ou alguma coisa não me faria falta nenhuma...
Poderia viver livre como os animais o fazem (os menos evoluídos ao menos - os mais evoluídos tem pares fixos até o final da vida e são monogâmicos - talvez a fixação venha da evolução). E, possivelmente: FELIZ!
Caso não nos fixassemos, poderíamos a cada dia ter uma vida diferente, amar pessoas diferentes e ser "livres" - assim são os humanos presos em hospitais psiquiátricos: pois não tem medida prá nada, nem prá ninguém - os neuróticos então entenderam separa-los em espaços que os contivesse, já que sua própria mente não o faz. Assim surgiram os asilos e as prisões: para aqueles que não são capazes de interiorizar regras, controlar os seus instintos, as suas pulsões.
Então a melhor coisa da vida - ainda é uma neurose - onde a psique se forma e prende nossos instintos animais nas paredes do corpo e nos impede de "cometer loucuras". Claro, o sistema não é perfeito. A fixação pode ser de um escape dessas paredes, e condenar alguém a algo próximo de uma genialidade: a civilização se deu assim. Por alguém que desenvolveu coisas a partir de sua própria loucura e busca incansável, por algo, por alguém ou por alguma coisa.
A Neurose pode parecer com a Loucura, pois os gérmens da pulsão também estão aqui também. A diferença é que os neuróticos tem redes de segurança contra si mesmo: e tentam por todo custo se defender contra algo que vem de si mesmo.
O que a cultura diz hoje é que devemos ser livres: mas como ser livres de nós mesmos?

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