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domingo, 28 de julho de 2013

GOLF ESPERANÇA - UM PROJETO DE INCLUSÃO

Neste final de semana de 27 e 28 de julho o SOUL SESSIONS - GOLF CHAMPIONSHIP organizado por Rodrigo Ricardo e Juliana Rocha e realizado no Alphaville Graciosa Golf Club - contou com golfistas profissionais e amadores além da participação especial do GOLF ESPERANÇA.
O Golf Esperança é um projeto que inclui 30 crianças portadoras de sindrome de down, num projeto de aprendizado do golf a estas criança desenvolvido pelo professor Marcos Farias e que conta com a colaboração de seus integrantes.
Neste final de semana, o campeonato  SOUL SESSIONS - GOLF CHAMPIONSHIP contou com os 8 melhores atletas, 3 meninos e 5 meninas para uma demonstração de como estas crianças respondem ao público. O então diretor financeiro Marcelo Luiz Busato se dispôs como arbitro e a vice-presidente Lylian Vargas atuou como juri e testemunha do processo. Tudo aconteceu conforme o cronograma das 15h30 até as 17h20 - durante uma longa tarde de sol - onde as crianças percorreram os 18 buracos. 
A organização contou o patrocinador (Toffe) que contribuiu com bonés e outros brindes para a premiação distribuídos com muita gentileza por Sergio A. Grassi (staff do evento).
Durante a premiação contamos com Dayane Thomé - 3 lugar (jogou +17); Victor Hugo Zanin Armacollo (jogou +14) - 2 lugar e  Carlos Eduardo Cavallero (Dudu) (jogou +13) - 1 lugar e todas as outras crianças (Mayara Dias, Isabel Castro, Mariana Paulieri,Luiz Carlos de Oliveira, Stephanie Rubnick) ganharam brindes (copos e camisetas) do torneio por terem participado.
O entusiasmos e alegria das crianças por participarem do esporte e disposição de ficarem até o final das celebrações, mostra que o mais importante do esporte é inserir estas crianças em condição de igualdade social e participação de eventos que contribuem para o desenvolvimento da comunidade.
Durante o Golf Esperança Demo: uma linda tarde de sol.

A premiação do Golf Esperança alunos e staff -
 Professor Marcos, Diretor Marcelo Busato e Vice-presidente Lylian Vargas.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Sobre as mulheres...

Em alemão existem três pronomes de tratamento: Der - masculino; Die - feminino e Das - neutro. 
Na Alemanha nascemos Das Baby (Bebes) e crescemos Das Kind(er) (crianças) e, as mulheres - até a queda do muro em 1989 - Das Fräulein (mulheres soleiras tinham o uso do pronome de tratamento neutro). O homen - Der Männ; a mulher casada Die Frau e as solteiras (até 1989), Das Fräulein. 
Pode parecer uma bobagem - mas em 1989 - as mulheres "solteiras" reivindicaram o seu lugar social exigindo - como os homens tinham o seu pronome de tratamento Der; o próprio Die - sendo casadas ou não.
Levando em conta que a língua é como se estrutura o pensamento, o inconsciente e a evolução de toda uma sociedade e a sua cultura - é relevante que a psicanálise alemã (Freud) descreva acintosamente os processos subjetivos e psíquicos da raça humana.
Lacan lendo Freud afirmou: "a mulher não existe" e complementou "senão para um homem". Acredito que para além de entender o pronunciamento da língua mãe da Psicanálise, levou em consideração os seus estudos de topologia, onde somos - como seres humanos - construídos como uma garrafa de Klein. E que, na possibilidade da quarta dimensão: essa que não alcançamos, temos o inconsciente marcado em nós.
E no pronunciamento do desejo - de um homem por uma mulher - temos o encontro de dois vasos comunicantes, onde por que um transborda de libido, o outro se enche: e vice-versa. Penso que por isso também disse que: "os sentimentos sempre são recíprocos, mesmo quando não são correspondidos". Daí surge a sensação de amor ou ódio que temos como seres humanos um pelos outros: as demandas que nunca se esgotam de um lado - e do outro um sentimento verdadeiro e expontâneo que é algo para além: o que a psicanálise denominou Desejo: algo que se movimenta por si mesmo: ao que os poetas chamam de paixão e encantamento, pelo o que se fizeram guerras na humanidade e pelo qual as pessoas se prendem para uma vida inteira.
Eu acredito que isso é algo do que conhecemos atavicamente, e compreendemos ao ver a imagem de um homem das cavernas carregando uma mulher pelos cabelos "sorrimos", "achamos graça"; existe nesse sorriso a compreensão de algo desconhecido, inconsciente: de que existe uma fantasia amorosa da captura. Todos nós humanos, queremos ser capturados pelo desejo do outro: e isso está naquele olhar, naquela voz, naquele outro, que faz você sorrir para sempre: e que no fundo, você sabe que se te desse uma pancada e lhe arrastasse prá caverna - apesar de tudo: seria "feliz para sempre".
As histórias de amor e os contos de fada que expressam o "encontro" de um homem e uma mulher - que se casam - e "foram felizes para sempre" é a seqüência do desenho apresentado, e o esboço da intuição da psicanálise sobre o desejo...
Na verdade - essa é uma tentativa simplista de dizer que um bom encontro, é o encontro com o desejo. E que, apesar desse conceito ser tão complexo, acontece no movimento de vida tão simples, quanto uma pictograma de uma caverna, no enredo de um conto infantil e na sutileza de nosso dia a dia.
É isso. Porquê o bom mesmo - está no que temos de mais primitivo: as pulsões, os instintos e o desejo - o que irá lhe mobilizar e fazer com que queira alguém ao seu lado, para ser uma mulher.
Então feliz dia da mulher, para você que tem alguém que lhe deseje tanto quanto você deseja, para que possa ser sua mulher - para sempre: e aí, a felicidade também será por sua conta!!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Fixação em Algo, Alguém ou Alguma Coisa


A fixação humana em algo, alguém ou alguma coisa é o que a psicanálise nomeou NEUROSE.
Se eu não me fixa-se, não seria neurótica... Não iria a um analista... Não precisaria me tratar...  Pois a falta de algo, alguém ou alguma coisa não me faria falta nenhuma...
Poderia viver livre como os animais o fazem (os menos evoluídos ao menos - os mais evoluídos tem pares fixos até o final da vida e são monogâmicos - talvez a fixação venha da evolução). E, possivelmente: FELIZ!
Caso não nos fixassemos, poderíamos a cada dia ter uma vida diferente, amar pessoas diferentes e ser "livres" - assim são os humanos presos em hospitais psiquiátricos: pois não tem medida prá nada, nem prá ninguém - os neuróticos então entenderam separa-los em espaços que os contivesse, já que sua própria mente não o faz. Assim surgiram os asilos e as prisões: para aqueles que não são capazes de interiorizar regras, controlar os seus instintos, as suas pulsões.
Então a melhor coisa da vida - ainda é uma neurose - onde a psique se forma e prende nossos instintos animais nas paredes do corpo e nos impede de "cometer loucuras". Claro, o sistema não é perfeito. A fixação pode ser de um escape dessas paredes, e condenar alguém a algo próximo de uma genialidade: a civilização se deu assim. Por alguém que desenvolveu coisas a partir de sua própria loucura e busca incansável, por algo, por alguém ou por alguma coisa.
A Neurose pode parecer com a Loucura, pois os gérmens da pulsão também estão aqui também. A diferença é que os neuróticos tem redes de segurança contra si mesmo: e tentam por todo custo se defender contra algo que vem de si mesmo.
O que a cultura diz hoje é que devemos ser livres: mas como ser livres de nós mesmos?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Obstetras cobram taxa extra para fazer parto (GAZETA)- Outra Opinião (PSICOCARDIO)

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1147993&tit=Obstetras-cobram-taxa-extra-para-fazer-parto

A novidade, segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (Sogipa), tem tudo para virar uma prática oficial da especialidade. Usuários da Unimed Curitiba, precisariam pagar R$ 2,3 mil “por fora” caso quisessem que a profissional ficasse à disposição 24 horas para a realização do parto – a opção seria o atendimento pelo plantonista do hospital. Indignado, o casal procurou outra profissional que disse também cobrar um valor adicional para o parto, entre R$ 800 e R$ 1 mil. Procurada pela reportagem (GAZETA), a Sogipa, que representa cerca de mil ginecologistas e obstetras no estado, disse que o valor adicional, chamado de “taxa de disponibilidade”, é uma iniciativa da classe como um todo.
O promotor da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, do Ministério Público do Paraná, o promotor Clayton Albuquerque Mara­nhão diz que a cobrança adicional para a realização do parto a qualquer tempo pode ser contestada justamente porque a maior parte dos nascimentos tem ocorrido por cesária, que, na maioria das vezes, tem data e hora marcada. Além disso, qualquer cobrança por procedimento coberto pelo plano merece avaliação mais detalhada. O promotor pede que consumidores com o mesmo problema entrem em contato com o MP-PR, por e-mail (consumidor@mp.pr.gov.br).
A Unimed Curitiba informou, por nota, que não compactua com a conduta, na medida em que, havendo cobertura para o procedimento, a Unimed Curitiba emite a autorização das guias necessárias para a sua realização, não sendo devido qualquer pagamento pelo cliente e nem tampouco a necessidade de alteração da acomodação contratada. A cooperativa pede que casos como esse sejam relatados à ouvidoria, no número 0800-6422002.




Outra Opinião (PSICOCARDIO) 


Esses são os dados da reportagem da GAZETA DO POVO e manchete dos jornais de hoje. 
Não há espanto - a história da medicina caminhou para a Era da Especialização e temos profissionais capacitados para funções tão específicas que é um espanto - no melhor e no pior sentido.
Aqui em Curitiba, se você for cliente da UNIMED, e eu - sou uma mulher - e vejo muitas mulheres profissionalmente que procuram por um ginecologista, que também seja um obstetra. Alinhar as duas funções é possível, mas não raro que o ginecologista não seja obstetra. Se como usuária - você perguntar por algum que faça PARTO NORMAL - aí o espanto aumenta. Pasmem, mas a maioria dos médicos hoje oferece A CESÁRIA e a promove como O MELHOR MÉTODO PARA O PARTO. Na verdade, como diz a reportagem da GAZETA:  a cesária ocorre com data e hora marcada, o que é uma economia de tempo para o médico que pode chegar, e no valor otimizado de uma cirurgia pode estar saindo: acredito que na era pós-industrialização é a melhor forma de colocar bebês no mundo "em série" sem levar em conta a natureza.
Enfim: PARTO NORMAL - alguns ginecologistas e obstetras apresentam um ar de deboche sobre o assunto - e sugerem que você então se dirija ao MULHER CURITIBANA um programa da Prefeitura de Curitiba, que oferece o serviço do Hospital Evangélico.
Enfim, você também pode procurar um DOULA - que seria uma parteira alternativa - que atende em casa, ou pagar por algum dos raros médicos que ainda se dispõem a esse serviço - mas que não se submetem a planos de saúde.
Há alguns anos, a classe média - para ter um atendimento melhor do que os oferecidos pelo governo (os quais pagamos através de impostos) se mobilizou e separou uma parte de sua renda para os planos de saúde oferecidos por cooperativas médicas, já que esses profissionais (os médicos) também recebiam miséria do SUS,  e não poderiam cobrar o mesmo valor que de uma classe A para os demais (uma consulta de um profissional de renome pode custar entre um e dois salários mínimos).
Enfim, deveria ser bom para todos - ledo engano. Os médicos hoje não estão satisfeitos porquê as cooperativas exploram toda a classe em detrimentos de alguns (médicos que administram a cooperativa). E, claro, os usuários ficam chocados, pois pagam bem e não tem um serviço a contento.
Enfim: em tempos modernos a história do senhor e do escravo se repete. Alguns poucos enriquecem para os escravos que padecem.
Mas as perguntas que não calam são:

"você que escolheu ser médico - que jurou o discurso de Hipócrates - que também escolheu como especialidade a ginecologia e obstetrícia - acha justou impor horário de nascimento aos bebês e um método que lhe favorece?"

"você que escolheu ser médico - que jurou o discurso de Hipócrates - que também escolheu como especialidade a ginecologia e obstetrícia - acha justou não compactuar com a natureza humana e negar o parto normal as mulheres?

"você que escolheu ser médico - que jurou o discurso de Hipócrates - que também escolheu como especialidade a ginecologia e obstetrícia - acha justou se inscrever em um plano de saúde e cobrar a conta duas vezes?"

Enfim - exploração é a palavra da vez no dia a dia da humanidade, o fato é que: se eu explorar o próximo tudo bem - melhor prá mim; contudo jamais admitirei ser explorado. Será mesmo que os senhores e os escravos se foram e ficaram apenas na retórica da filosofia?




terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo!!

Ano Novo é a data que "zera" o contador social.
Dá a chance de você se programar mais uma vez para os próximos doze meses.
De pensar no novo: das possibilidades - do tempo de novos projetos, então: APROVEITE!
FELIZ ANO NOVO!

como foram minhas últimas férias...

Fui uma criança "traquinas" - daquelas bastante curiosa e corajosa - o que me trouxe como resultado na vida: uma juventude mais atenta e cuidadosa e uma maturidade de planejamento e precaução. Muitas vezes isso faz a espontaneidade ir embora e deixa a vida um tanto "previsível e segura"; mas é prático, maduro e desejável... Será?
Tirei 8 dias de férias em uma Fazenda, com uma amiga de infância e suas filhas - um dos objetivos, além do "descanso" era recobrar lembranças e vivências do infantil.
No dia em que chegamos o Júnior tinha salvo dois filhotes de quati e fomos ver, ele estava cuidando dos dois, do cachorro, dos papagaios, da mulher e da filhinha que era uma bonequinha, senti confiança: adoro quem goste de bicho e criança: é sinal de ser boa pessoa.
O dia acabou... Então, nada melhor que dividir o quarto com uma colega de 9 anos, acordar entre 5h30 e 6h da manhã, levar o copo de chocolate para beber "shake" direto da vaca, arrear os cavalos e montar a manhã inteira. Eu tenho esse registro de lembrança infantil - também tenho um tombo a cavalo aos 12 que nunca esqueci...
Enfim, avisei no primeiro dia: "olha me veja um cavalo velho e mansinho, porquê agora que sou velha já não tenho toda coragem que tinha..." e assim o "cavalariço" - peão da fazenda fez.
Me deram o "Paraná" um cavalo de 10 anos - o que deve equivalente aos meus 38 anos: esperto mas nem tão ligeiro assim, com o decorrer da manhã, a medida que eu mesma me sentia confiante e soltava a rédea ele foi mostrando que sabia fazer sozinho (muito além da minha vontade) que sabia "tocar os bois sozinho - independente de quem estava sobre ele". Gostei! Falei espantada pro peão: "puxa ele faz o trabalho sozinho..." ao que ele respondeu "verdade: o Paraná ensinou todos os cavalos aqui da fazenda..."; fiquei orgulhosa, estava montando um cavalo experiente - não tão viril, mas esperto! Paramos para comer manga e eu até descasquei duas mangas prá ele, os peões riram a beça: "ô Letícia, não precisa descascar a manga pro cavalo..." mas fiz questão: e vendo que ele se babava fiquei satisfeita, mesmo tendo que limpar as mãos na calça.
No dia seguinte fomos a estância, onde funciona a sede da fazenda. Lá os peões que nos acompanhavam (o Júnior e o Dinei) avisaram o Biscuila que eu era medrosa, eu não vi mas imagino que foi isso que aconteceu porquê o tal peão que não me conhecia veio debochando com um cavalo chamado Pretinho prá eu montar e avisando: "olha que esse empina" - eu respondi: "moço, você está brincando com coisa séria, eu tenho medo sim e cavalo sente, se ele empina melhor eu nem montar..." Quando eu vi que era brincadeira, subi no cavalo e fui "quase sem medo". Pús na cabeça que era só ficar perto do Junior que não ía ter problema nenhum, e assim fui. Mas caso foi, que o tal Júnior foi chamado a montar um cavalo cego do olho direito e que eu, estava andando na ída, à esquerda... Fomos ao campo buscar os bois - e na volta, eu vinha à direita - pois apenas dei a volta... E esqueci o lado cego do cavalo. Acontece que boi, assim como carneiro, é "fácil" de levar, mas as vezes, um deles se rebela, e outros vem com eles, nesse movimento, perto da segunda porteira, paramos para realinhar os bois.
Nessa, eu estava indo, e o cavalo cego, foi prá perto da porteira, pois não me viu, e me prensou na cerca: comecei a gritar: "ai minha perna... aiaiaiaiaia..."- ouvi: "solta as rédeas que você vai perder a perna!!" Apavorei e soltei: paft! O barulho do meu corpo se chocando no chão. Quando olhei prá cima, vi o susto na expressão de 5 peões e da menina que estavam comigo pensei "f-o-d-e-u", vieram me levantar, pedi prá ninguém mexer em mim, demorou para sentir o corpo de volta: doía tudo, me levantei. Ouvi um deles perguntar: "e agora o que você quer fazer?"- foi muito rápido, pensei no mico de levar o cavalo na mão ou pior, subir na garupa de alguém, nem pensar... sou velha e medrosa, mas ainda um tanto orgulhosa: andei até o cavalo me agarrei na cela e disse "Caralho!! Vou subir no cavalo!" Um peão disse "o que você disse doutora?" e eu respondi "eu sei: caralho é algo que eu não tenho, mas você não quer me ver chorar e desistir agora né? S'imbora..."
E aí, montei todos os outros dias, sem o mesmo sentimento de apreensão.
CONCLUSÃO:
O novo habita dentro de nós, o medo incontido acontece de coisas que sabemos que podem acontecer e acontecem. Mas cair, se machucar - processar, xingar - levantar e seguir: é tudo parte de um processo, estranho, contudo: muito natural. A vida é cheia de tombos. Então, o que nos resta é seguir...
E os outros dias, sem o Pretinho, pois não voltei mais na estância: todos em parceria do Paraná, foram dias em que nós dois: um cavalo e uma mulher - ambos experientes (e um tanto velhos) nos divertimos muito juntos.