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domingo, 23 de dezembro de 2012

Apresentação

Na virada do século, no ano de 1999 foi fundado o GEMP - Grupo de Estudos Multi Profissionais na Sociedade de Cardiologia do Paraná (SPC), seção da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O médico que incentivou o processo foi o Dr. Dalton Bertolin Précoma (cardiologista clínico, professor e pesquisador) - vendo as necessidades que a especialização das ciências impõem ao trabalho diária,  requisitando a composição de vários profissionais para um atendimento de excelência ao paciente.
Dentro deste grupo composto por médicos (cardiologistas: clínicos e cirurgiões); enfermeiros; fisioterapeutas, educadores físicos; nutricionistas e psicólogos esteve por então doze anos, a fundadora da psicologia: Dra. Rachel Jurkiewicz.
A Dra. Rachel Jurkiewicz trabalha no HC (Hospital das Clínicas da UFPR) no CPM (Centro Psiquiatrico Municipal de Curitiba) e na clínica (consultório particular), tendo contribuido com teses de mestrado e doutorado na área hospitalar, no contexto da cardiologia, com leitura psicanalítica durante seus anos de atuação. O principal tema de seu trabalho é a vivência de perdas: relação entre eventos significativos, luto e depressão, em pacientes internados com doença arterial coronariana.
Contou também com a colaboração da Psi. Ana Claudia Giaxa e alunos de graduação.
Parece que, apesar da cultura incentivar a especialização dos profissionais em áreas de especificidade, em Curitiba - a psicologia hospitalar encontra-se se desenvolvendo...
É muito difícil ir contra ao que a ciência cartesiana impõem como validação os fatos, e sua repetição em números e registros referentes. Claro, é tentador habilitar os afetos, os comportamentos, os pensamentos e cada moção da individualidade em uma lista, e então em uma tabela e tentar padronizar subjetividade.
Tentar padronizar, pois subjetividade não é quantificável. E podemos ver isso quando nos referimos a gênios humanos como Salvador Dali, Jesus Cristo, Albert Einstein, Stephen Hawking... e uma infinidade de outros. Será que poderíamos submete-los a testes de ansiedade e depressão e apresentar resultados como o de exames fisiológicos e dizer que todos tem as mesmas motivações e a causa psico-somática de sua causa de vida ou de morte é a mesma? Ou é apenas pretensão humana.
Acredito que não podemos relegar a linguagem, e a construção individual da história de vida, de cada um - pois é o que nos separa de outros mamíferos. Afinal, também somos mamíferos - que falam. Diferente de aves que podem repetir discursos, construímos uma fala dirigida a alguém. Esperamos de um outro algo. Acreditamos em algo maior, seja Deus, o Inconsciente, ou mesmo, a Ciência.
Claro - precisamos de objetividade - mas se objetivarmos o que temos de subjetivos - o que queremos com isso? Igualar a matemática e o português, a biologia e a história: afinal cada matéria básica da escola tem objetivo de dar um prisma diferente para uma leitura da vida.
Eu sou Letícia Bonato Tosin - atual coordenadora da Psicologia na SPC-SBC, sou psicóloga clínica e faço formação permanente em Psicanálise. Eu criei a Psico Cardio. Psico referente a mente e Cardio referente ao coração - como pudéssemos dissociar pensamentos e sentimentos (de alguma forma, podemos e adoecemos disto) - e a Psicocardio - que diz que as duas especialidades devem andar juntas pois é a conciliação do afeto com o pensamento que nos cura: é a medicina aliada as outras disciplinas que soma e dá resultado prá quem procura saúde. É isso.
Conto com um colega da Psicologia Hospitalar e da Psicanálise Bruno Jardini Mader e outros profissionais que colaboram para construção deste "novo saber" - meus colegas psis - Ticianne Frega,  Elis Regina Charello, Danielle Ono, Bia Soluski, Akim Rohula Neto e Raphaela Ropelatto - são profissionais ligados a clínica, atendimento hospitalar e ambulatorial que tem colaborado como colegas e amigos.
Na vida nada é fácil, mas o que é difícil sempre tem mais graça. Então, se quiser se divertir, venha estudar, pesquisar e colaborar conosco... e seja bem-vindo!

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